27 fevereiro 2015

o tempo a passar a olhos vistos



Esta manhã o sol começou a nascer entre um prédio e uma árvore, e subia por ali acima tão depressa que até parecia o elevador da Potsdamer Platz. Hesitei entre ficar a ver o tempo passar a olhos vistos, e ir buscar a máquina para filmar aquele prodígio. Quando voltei com a máquina já ele se tinha soltado do prédio e ia pelo céu fora em desatino. Desconfiei que hoje o dia se me ia acontecer num instante, e tinha razão: já é quase meio-dia, e ainda não fiz nenhuma das coisas chatíssimas que tenho de fazer sem falta. Se o dia me continua a esta velocidade, logo à noite é Natal.


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