16 janeiro 2014

não há cá conhaques

Hoje terminei um projecto importante, que me ocupou muitas horas nos últimos dois anos. Contas fechadas, no momento de me despedir da pessoa com quem trabalhei tão bem durante todo este tempo, lembrei-me do Mourinho.
Mas tive juízo, claro, que trabalho é trabalho, não há cá conhaques, cada macaco no seu galho, etc.
(Isto sou eu a ver se me fazem um descontinho no preço da nacionalidade alemã)




7 comentários:

Maria J Lourinho disse...

Sobretudo, convém não provocar constrangimentos em pessoal de sangue mais frio. Ficam tão aflitinhos :)

Helena Araújo disse...

Eles não têm o sangue mais frio. Pelo contrário: os alemães sabem abraçar os amigos, e fazem-no com muita frequência. Gosto muito mais do que o que se faz em Portugal: beijinhos, beijinhos-de-faz-de-conta ou, o mais ridículo de todos, dizer "beijinhos" e zarpar.
Mas no trabalho é outra coisa. Não me parece que o problema fosse "ficar aflitinho", era mais eu correr o risco de pensarem que sou um bocado pateta.

CCF disse...

Não há? Que pena...nem outra coisa com que brindar o fim de um projecto bem feito? Tem que lhes ensinar Helena!
~CC~

mar disse...

Obrigada por este post, Helena.
Em breve terminarei a minha tese e já me andava a questionar sobre como me despedir do meu orientador, que é alemão. Terá que ser só com um sóbrio aperto de mão, não é?

Helena Araújo disse...

CC,
as contas foram bem fechadas. Só que sem cenas à Mourinho e Materazzi.

mar,
v. resposta a CC. ;-)
Desde que não seja como o Mourinho e o Materazzi, está tudo bem. Um sóbrio aperto de mão é capaz de ser pouco, e de deixar o seu orientador a pensar "estes portugueses parecem cubos de gelo, quem diria..."
(A verdade é que não sei. O único orientador de teses que aqui conheço é o meu marido, e ele, sendo alemão, é o mais português de nós todos. Se algum aluno lhe fizesse uma cena de Mourinho, provavelmente não ficava nem surpreendido nem chocado.)

D.S. disse...

Na hora da despedida da minha supervisora de estágio alemã, dei-lhe um abraço efusivo. Ela gostou :). Isso do calor humano não depende das nacionalidades, depende das personalidades individuais.

mar disse...

Na verdade, mesmo se tentar um aperto de mão sóbrio, dificilmente irei conter as lágrimas. Com sorte, o meu orientador, também tem estas imagens presentes e nenhuma cena que eu possa fazer atingirá este nível...