Há tempos convidámos o "mestre" do Joachim, um pintor italiano, para vir jantar connosco.
Fiz um esparguete, que me mereceu um comentário céptico do Matthias:
- Achas boa ideia cozinhar pasta para um italiano?
Eu não tinha pensado nisso, e já era tarde para arrepiar caminho. O pintor é bem educado, disse que estava muito bom.
Este fim-de-semana fomos jantar a casa dele, pasta, e eu percebi inteiramente o cepticismo do Matthias: pasta feita por um italiano é outra coisa.
Fiquei a pensar que é muito bom viver num tempo em que a cozinha pode ser um habitat natural dos homens. E também um lugar de alargamento do nosso horizonte gastro-cultural: naquela casa come-se tanto pasta como couscous, doçaria árabe e pratos turcos.
O mundo no qual eu nasci não era assim - alguma coisa está a mudar para melhor.
(foto)
4 comentários:
Ui, eu não me atrevo, não conheço povo mais chatinho que o italiano nesse aspecto.
Ah, e com o café é a mesma coisa.
Eu se fosse esperta também não me tinha atrevido, mas naquele dia esqueci-me de acordar esperta...
;-)
(ai! o café! também me esqueci do café! a minha vida social nesta cidade começa a parecer um terreno cheio de minas - mal me distraio: ai!)
O Joachim pinta?
Desenha, sobretudo.
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