(daqui)
Quase ia fazer disto um postal de férias (o tempo óptimo, os mergulhos no mar, os passeios na floresta, bla bla bla) mas quero falar do que foi realmente especial:
O jogo que fizemos ontem, em que adivinhávamos como um de nós reagiria em determinada situação (por exemplo: era distribuidor de pizzas e deixava cair uma ao chão - metia-a de novo na caixa ou ia buscar uma nova? ou: depois de ter recebido do seguro o dinheiro para substituir a bicicleta roubada, a polícia dizia que encontrara a roubada, mas estava toda partida - devolvia o dinheiro ao seguro, ou dizia à polícia que a bicicleta não era aquela?), e que nos proporcionou belas gargalhadas (agora já sei em casa de quem é que não devo comer pizza...)
A manhã de domingo na praia - depois dos risos e das confissões do jogo de sábado, o grupo atingiu um estado de tranquilidade sem palavras. Passámos a manhã estendidos na areia a ler jornais e livros, cada um por si, num silêncio de pura harmonia.
No regresso a Berlim, dei boleia a dois dos casais. Palavra puxa palavra, viemos boa parte da viagem a falar de depressão e burn out. Os dois homens chegaram a estar internados para tratamento contra a depressão, e contaram as suas experiências com muita abertura e simplicidade.
Mas que terei eu feito para me acontecerem tantas vezes momentos assim especiais?
(A minha vida vai passando por mim, e eu a olhar para ela como se fosse um presente.)
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