Olá, Rita
enquanto espero que chegues a casa, escrevo um postal para a Carla. Com quem, aliás, já estive. Enfim, mais ou menos: sem combinar, ela estava duas filas atrás de nós no Festival ao Largo. Mas depois obrigaram-nos a ir para as cadeiras dos VIP (já sabes: aquela coisa de eu arranjar de estar no sítio certo no momento certo) e perdi-a de vista.
Olá, Carla,
estou na casa da Rita. Como reparaste, já não estamos no Douro. Fomos ao Alentejo, viemos a Lisboa, fomos de novo ao Alentejo, viemos para Lisboa. Podes comprar acções das auto-estradas e das empresas que vendem gasolina 95 - por estes dias, estão a fazer grande lucro 'a nossa custa.
A casa de banho da Rita tem o chão todo em quadrados brancos e pretos, o que 'e uma grande vantagem: para o limpar, basta-me empurrar o sujo dos quadrados brancos para os pretos. Faço o trabalho em metade do tempo.
Hoje fui ao aeroporto buscar a Christina e duas amigas dela. Levei-as a casa dos amigos onde vão ficar uns dias, jantámos, e "as tantas dei por nós a ler poemas alemães uns aos outros. E as miúdas entusiasmadas, a falar dos poemas de que gostavam.
Esta juventude perdida já não 'e o que era.
Claro que há imenso para contar, mas eu não dou vazão. 'E mesmo difícil viver e contar ao mesmo tempo. Talvez quando regressar ao hot spot minhoto sob a vinha consiga escrever mais postais.
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