06 agosto 2011

correio das ilhas (43)

Olá, Rita

Este fim-de-semana há festa cá na terra. Ontem adormeci embalada pelas alegres canções de "aquele querido mês de Agosto", taliqual, que os altifalantes fanhosos me faziam chegar em ondas incertas.
Hoje é noite de ranchos. Vou ver, nem que chova. E chove, oh, se chove.
Para a loucura ser completa, só falta mesmo o Augusto Canário a cantar à desgarrada com a Irene de Gaia. Mas melhor que isso, visceralmente melhor, foi uma cena a que assisti na Senhora da Agonia do ano passado: um rapaz a tocar concertina, e um grupo de homens com as hormonas ao rubro a aviar brejeiríssimas quadras, muito aplaudidas pelo público feminino (apesar de um ou outro "ai os malcriados!"). A minha romaria de Viana, já tão apetecida por causa dos Zés-Pereiras ao meio-dia de sábado na praça da República, e por causa da beleza das mulheres orgulhosas, carregadas de ouro, ganhou um novo charme, mais aleatório - sei lá eu onde e quando é que vai dar aos homens para começarem novo chorrilho de brejeirices muito berradas de tintol?

E assim vai a vida. Na próxima quarta-feira regresso a Berlim. Regresso ou vou? Não sei - ando.

3 comentários:

sem-se-ver disse...

já?...

Helena Araújo disse...

Pois é, sem-se-ver, os alemães têm aquela mania da produtividade e só dão poucas férias às pessoas...
;-)

Rita Maria disse...

Anda, anda!

PS: Estou convencida de que a relaçao entre o verde tinto e as piadas brejeiras é regida pelo meu provérbio favorito - aquele do Chuva em Novembro, Natal em Dezembro. Por isso é que me vou mudar.