28 fevereiro 2011

e se de repente...

E se estas revoluções que se estão a desencadear no mundo árabe dessem origem a democracias, e se de repente eles se lembrassem de fazer uns Estados Unidos da Arábia, e se daqui a uns anos o mundo se dividisse em poucas grandes potências - China, EU-América, EU-Europa, EU-Arábia, talvez até EU-Sul (para a América Latina)?
E como seria se os Estados Unidos da Arábia resolvessem pôr um pouco de ordem no mundo, e nos fizessem o favor de bombardear Paris e Roma para nos libertar do Sarkozy e do Berlusconi?

Ocorreu-me esta manhã, naquela passagem do sono para a vida real. Hoje acordei com cara de iraquiana...

5 comentários:

Rita Maria disse...

Se tudo isso acontecesse, os próximos vinte anos iam ser maravilhosos. E depois no entretanto até podia ser que os italianos ganhassem vergonha na cara e os franceses se apaixonassem colectivamente por mim.

jj.amarante disse...

Eheheh essa é boa!

Helena Araújo disse...

jj.amarante,
ria, ria - até bombardearem os Jerónimos para nos libertarem do Sócrates...
;-)

Rita,
sem dúvida que era maravilhoso - excepto a parte, muito desconfortável, de sermos tratados como tratámos os outros...
Isso no caso de se, e se, e se.
Não é preciso partir do princípio que uma União Democrática Árabe ia ter tiques imperialistas, e pagar com juros o que tem andado a receber cá do nosso lado.

Quanto ao franceses: é bem certo que desde que se meteram com o Sarkozy deixaram de ser o que era. Patetas, é o que são agora. No teu lugar, virava-me para o Egipto. No Altes Museum, ontem, tinha cada um mais bem parecido! Bom, esses já estão mortos há alguns anitos, mas deixaram basta descendência.

Carla R. disse...

Ja te tinha dito que és mais inteligente do que eu.
Processos democraticos à parte, que foram os franceses e os italianos que os quiseram ali, é sempre interessante ver a prespectiva do lado do outro. Estranhamente em politica não é muito usual...

Helena Araújo disse...

vá, vá, isto não é inteligência, isto foi um pequeno delírio. Já passou.
Em política não é muito usual ver o lado do outro porque não é o outro que elege estes. Anda cada um a puxar a brasa à sardinha dos seus eleitores...
E os eleitores, como já disse outro dia, que agora chamam horrores ao Kadhafi (e na altura chamaram horrores ao Hussein) nunca se perguntaram de onde vem a gasolina que usam para ir à boa vida.
É um mundinho muito complicado, este. Quem me dera ser mais inteligente para o perceber melhor.