17 junho 2008

declaração de desinteresses

O tratado de Lisboa não me interessou muito até Domingo passado.
Parti do princípio que o simples facto de ter sido feito por pessoas nomeadas pelos respectivos países e ter sido arduamente negociado pelos representantes políticos dos 27 países da União seria uma garantia para o equilíbrio dos diversos interesses.

Se os governantes portugueses acham que o tratado está suficientemente bem para Portugal o aprovar, eu vou por eles, e não preciso de um referendo.

O único referendo que me parece lógico fazer, a propósito da Europa, é este: "quer mais Europa ou menos Europa?"
Eu quero mais Europa.

Mas se é para falar do tratado, aqui está "O Tratado em Poucas Palavras". É breve e simples. Vão lá, leiam, informem-se, e depois digam-me que parte disto é mentira, que parte disto significa um recuo democrático, e que parte disto é contrário aos interesses de um país concreto. E os eventuais medos que vos possam ocorrer, mas desta vez baseados em factos, sff.


Adenda (em 20.06.08)
Não me pronunciarei sobre o que penso do carácter daqueles que usaram uma frase deste post para fazerem gracinhas do género "respeitinho" e "outra senhora".
A quem seguiu o link, agradeço ter-se dado ao trabalho de ler a frase no seu contexto.

Surpreende-me esse reflexo pavloviano de desconfiar por princípio do governo.
Por onde vai a Democracia Portuguesa?

Lógica hilariante:
- se uma pessoa vota "não" num referendo, porque não se deu ao trabalho de se informar, é um magnífico sinal de Democracia;
- se uma pessoa vota "sim" num referendo, porque não se deu ao trabalho de se informar mas confia que um texto disputado arduamente pelos representantes democráticos dos 27 países envolvidos terá atingido o melhor ponto de equilíbrio possível, é um sinal de "respeitinho".

Tenham juízo.

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